sexta-feira, 28 de maio de 2010

Me rendi ao sistema...



Sim, pelo menos neste momento, me considero rendida ao que venho chamando de estado permanente de acomodação. Considerando isto como um "quase pleonasmo", inicio dizendo que nada tem a ver com as minhas crenças sobre educação ou algo próximo disso...
Me refiro aqui na acomodação emocional e social que estou. a sensação que tenho é de que cansei de querer que todo mundo veja aquilo que está bem nítido e, por questões diversas, ninguém quer ver...

Escolhi, então, não ver também e, melhor, não sofrer com isso...

Claro que, em muitos momentos, eu mordo os lábios e fecho com força a boca para não dizer aquilo que habitualmente diria...
Só que eu cheguei no limite da minha indignação... cansei de sofrer porque as pessoas isso, ou as pessoas aquilo...









Assim, quero mais aquilo que já queria e, ainda, tenho tempo para querer o que não tinha espaço...
Sigo acreditando na coerência, no bom senso, na justiça e na identidade de cada pessoa. Apenas passei, de uns tempos pra cá, a fazer isso por mim e por aqueles que amo e não mais por todos...


Ainda quero um mundo melhor e, espero, vê-lo ainda nessa vida. Mas neste momento, vou começar com metas mais modesta e sem tantas expectativas...


Era isso...

terça-feira, 25 de maio de 2010

Coisas que se aprende...



Em meio a mais uma "viagem" de ônibus, dentre as três ou nove que faço, me peguei filosofando a mesma coisa, pela segunda vez: O que faz com que a gente não esqueça as coisas???

Sendo uma futura Pedagoga, tentei alinhavar aquilo que sentia com o que tenho estudado e praticado...

Primeiro a contextualização:
Estava eu ouvindo Legião Urbana, mais precisamente Faroeste Caboclo, e em meio a tantas emoções que esta música esperta na minha alma, me dei conta de que precisava escrever sobre, materializar essas coisas ou pelo menos as que assim são possíveis...
Lembrei, primeiro, do exato momento em que passei a ouvir e gostar de Legião... eu devia ter uns dez anos, ou nove, sei lá. Em uma acampamento, onde eu era a única criança (mais meu irmão), um cara me mostrou em uma fita, Faroeste Caboclo e Eduardo e Mônica. Até hoje, me lembro de como, onde estava e, ainda, o carinha, nossa eu nunca esqueci do carinha que me apresentou uma das minhas referências musicais.
Então, por que será que não esqueci? O que faz com que eu me esqueça compromissos, coisas relativamente "importantes", e não momentos como esse?

Nesse ponto, passei a relacionar com a Educação. A tal aprendizagem significativa é isso. Alguém me mostrou algo, num contexto, de uma maneira que eu nunca esqueci...
Isso se tornou parte da minha vida, de tal forma que me arrepio e me emociono até hoje, quinze anos depois...

Todas as referências que tenho, artística e culturalmente falando, foram fundamentais para que eu tivesse sensibilidade, me tornasse flexível, me interessasse por ouvir os outros e tantas outras coisas boas que eu sei que tenho hoje, adulta que sou... 

Mãe, ainda, me tornei mais ainda preocupada com que minha filha tivesse boas referências...

GENTE, como é importante então ser professora!!!

É possível imaginar a infinidade de coisas boas que podemos mostrar paria nossos alunos e alunas??? Em qualquer idade, independente da classe social, se é rede pública ou privada, temos a oportunidade de educar, de apresentar coisas que talvez mais ninguém vai lembrar de mostrar...


Que coisa não é????

Quero ser "aquele carinha" pra alguém...

Espero viver e trabalhar para um dia, em algum lugar desse mundo, alguém veja algum filme, ouça uma música, leia uma poesia, ou qualquer coisa e pense "poxa, a JAmile que me mostrou isso... e eu nunca esqueci"


Que assim seja...


Era isso